Artigo

Lynparza: O Tratamento Inovador para o Câncer

Saiba tudo sobre o Lynparza, um importante medicamento oncológico. Veja como garantir seu acesso pelo SUS e planos de saúde e o que fazer se houver negativa de fornecimento

Introdução

Lynparza é um medicamento inovador utilizado principalmente no tratamento de alguns tipos de câncer, como câncer de ovário, mama, pâncreas e próstata.

Desenvolvido pela AstraZeneca, Lynparza contém olaparibe como princípio ativo, um inibidor da PARP (poli-ADP-ribose polimerase), que tem mostrado eficácia em prolongar a vida dos pacientes e melhorar a qualidade de vida.

Para Que Serve

Lynparza é indicado para tratar diversos tipos de câncer, especialmente aqueles que apresentam mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2.

Essas mutações dificultam a reparação do DNA nas células cancerosas, e o Lynparza atua impedindo a reparação do DNA danificado, levando à morte das células cancerígenas.

Ele é comumente usado nos seguintes casos:

  • Câncer de ovário avançado
  • Câncer de mama metastático
  • Câncer de pâncreas metastático
  • Câncer de próstata metastático resistente à castração

É possível obter pelo SUS?

Sim, é possível obter o Lynparza pelo SUS.

O SUS é obrigado a fornecer medicamentos de alto custo para condições graves, como o câncer.

No entanto, o processo pode ser demorado e requer a apresentação de uma série de documentos, incluindo relatórios médicos detalhados.

É essencial que o paciente tenha um laudo médico que justifique a necessidade do Lynparza, além de passar por uma análise criteriosa.

Embora o acesso seja garantido por lei, a burocracia pode ser um obstáculo.

Pacientes e familiares devem estar preparados para enfrentar um processo que pode incluir solicitações de pareceres técnicos e revisões periódicas do tratamento.

É possível obter pelo plano de saúde?

Sim, os planos de saúde também são obrigados a cobrir o custo de medicamentos de alto custo, como o Lynparza, conforme estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

No entanto, pode haver resistência por parte das operadoras, que muitas vezes alegam que o medicamento não estaria no rol de procedimentos da ANS. É com essa justificativa que muitos planos inicialmente negam esses pedidos.

Nesses casos, é essencial estar munido de toda a documentação médica e laudos que comprovem a necessidade do tratamento.

A recusa inicial por parte do plano de saúde não significa que o paciente deva desistir.

A recomendação é buscar orientação jurídica especializada para recorrer da decisão e, se necessário, ingressar com uma ação judicial para garantir o fornecimento do medicamento.

Os planos de saúde só devem cobrir o que está no rol da ANS?

O rol de procedimentos da ANS é exemplificativo, e se o plano oferece a cobertura daquela doença ou condição, ele deve também fornecer os medicamentos e tratamentos para ela.

O rol da ANS é apenas uma referência básica de cobertura, havendo possibilidade de cobertura para casos em que o procedimento não conste nela, desde que se tenha respaldo técnico-científico para recomendação médica.

Segundo o Dr. Evilasio Tenorio, advogado especializado em Direito da Saúde e Médico, “O rol da ANS não é taxativo, e sim exemplificativo. Se um paciente necessita de um medicamento ou tratamento que não está listado no rol, mas que é essencial para a sua condição de saúde e possui fundamentação médica adequada, o plano de saúde tem a obrigação de fornecer esse tratamento. A jurisprudência tem reconhecido a natureza exemplificativa do rol, garantindo que a cobertura vá além do que está listado, sempre que necessário para a saúde do paciente.

Se houver prescrição off-label, posso conseguir o remédio?

A prescrição off-label ocorre quando um medicamento é indicado para uso diferente daquele aprovado originalmente pela agência reguladora.

Sim, é possível obter Lynparza por prescrição off-label, desde que atendidos requisitos como a inexistência de outra alternativa com a mesma eficácia e comprovação científica do benefício do tratamento.

É importante que o médico forneça uma justificativa detalhada para a prescrição off-label.

A negativa do fornecimento do medicamento pode ser considerada abusiva?

Sim, a negativa do fornecimento de Lynparza pode ser considerada abusiva.

Quando um paciente tem a indicação médica para o uso de um medicamento e o plano de saúde nega o fornecimento, esta ação pode ser interpretada como uma prática abusiva.

O consumidor tem o direito de recorrer dessa decisão judicialmente, com boas chances de obter uma liminar que garanta o tratamento.

O processo judicial demora?

Toda ação judicial no Brasil pode demorar, mas processos que envolvem saúde têm tratamento prioritário.

Como o consumidor não pode ficar sem o tratamento enquanto o processo ocorre, a lei permite que seja dada uma liminar (tutela de urgência) para que a pessoa possa usar o plano de saúde e continuar o tratamento, mesmo sem a finalização do processo.

Existem muitas decisões judiciais que concedem a liminar nesses casos, para que a pessoa não fique desguarnecida.

Como fazer em caso de negativa?

Em caso de negativa, é fundamental recorrer à justiça.

Procurar um advogado especializado em Direito da Saúde pode ser crucial para conseguir uma liminar e garantir o tratamento necessário.

O advogado ajudará a reunir toda a documentação necessária e a fundamentar o pedido de forma adequada, aumentando as chances de sucesso na obtenção do medicamento.

Uma liminar demora muito?

As decisões liminares em casos de saúde são tratadas com urgência e podem ser concedidas rapidamente.

A justiça reconhece a gravidade da situação e costuma agir com celeridade para assegurar que o paciente não fique sem tratamento enquanto o processo judicial segue seu curso normal.

Conclusão

Estar bem informado sobre os direitos e os caminhos para obter medicamentos como o Lynparza é fundamental.

Em caso de negativa, buscar auxílio jurídico especializado pode ser a chave para garantir o tratamento necessário e preservar a saúde do paciente.

Não hesite em lutar por seus direitos e assegurar o melhor cuidado possível.

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