A Justiça brasileira deu mais um importante passo no reconhecimento do direito à saúde ao determinar que um paciente com câncer pudesse realizar a retirada de um tumor por meio de cirurgia robótica. A decisão, que reafirma a prioridade da vida e da dignidade humana sobre questões administrativas e financeiras dos planos de saúde, foi amplamente comentada pelo advogado Evilasio Tenorio, especialista em Direito da Saúde.
Conteúdo
ToggleO Caso e a Importância da Decisão Judicial
O caso envolveu um paciente diagnosticado com câncer, cujo médico assistente recomendou a utilização da cirurgia robótica para a remoção do tumor. Essa técnica, reconhecida mundialmente por sua precisão, menor invasividade e recuperação mais rápida, foi negada pelo plano de saúde sob a alegação de não estar prevista no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A negativa levou o paciente a buscar a Justiça, que decidiu a seu favor, obrigando o plano de saúde a cobrir integralmente a cirurgia robótica. Na sentença, o tribunal destacou que o rol da ANS é exemplificativo, e não taxativo, e que a escolha do melhor tratamento cabe ao médico assistente, e não às operadoras de saúde. A decisão também reconheceu que a recusa ao procedimento representava um risco à vida do paciente e infringia seus direitos fundamentais.
A Análise de Evilasio Tenorio
Durante entrevista à Rádio Justiça, o advogado Evilasio Tenorio destacou o impacto dessa decisão para pacientes que necessitam de tratamentos avançados. Segundo ele, o caso evidencia a importância do Judiciário em proteger o direito à saúde e em garantir que os avanços da medicina sejam acessíveis a todos.
Veja a entrevista: https://www.instagram.com/p/C8wcUf1NjtS/
“A cirurgia robótica é uma inovação que salva vidas. Quando um médico prescreve essa técnica, ele está agindo no melhor interesse do paciente. A negativa de cobertura, especialmente em casos de câncer, é uma afronta à dignidade humana. Felizmente, o Judiciário tem se posicionado de forma firme, reconhecendo que as operadoras de saúde devem priorizar a vida em vez de argumentos financeiros”, explicou o Dr. Evilasio Tenorio.
O advogado ressaltou que a decisão também serve de alerta às operadoras de planos de saúde para que revisem suas práticas. “O direito à saúde é garantido pela Constituição. É inadmissível que planos de saúde se apeguem ao rol da ANS para negar tratamentos quando há indicação médica fundamentada”, pontuou.
Cirurgia Robótica e os Direitos dos Pacientes
A cirurgia robótica tem ganhado espaço na medicina devido aos seus inúmeros benefícios, como menor tempo de internação, redução de complicações e recuperação mais rápida. No entanto, seu custo elevado muitas vezes leva os planos de saúde a recusarem a cobertura, gerando conflitos judiciais.
O Dr. Evilasio Tenorio orienta que pacientes que enfrentem negativas de cobertura devem buscar auxílio jurídico especializado. “A informação é a melhor ferramenta para combater abusos. Pacientes que conhecem seus direitos têm mais chances de garantir o acesso ao tratamento adequado. Decisões como essa mostram que a Justiça está do lado do paciente, mas é preciso agir rapidamente para evitar que a saúde seja comprometida”, alertou.
Sobre o Advogado Evilasio Tenorio
Com uma trajetória consolidada na defesa dos direitos dos pacientes, Evilasio Tenorio é referência no Direito da Saúde no Brasil. Ele atua em casos envolvendo negativas de cobertura por planos de saúde e tratamentos pelo SUS, sempre com foco na proteção da vida e da dignidade humana.
Além de sua atuação jurídica, o Dr. Evilasio Tenorio utiliza sua presença em veículos de comunicação e redes sociais para conscientizar a população sobre seus direitos e fortalecer o acesso à saúde. “Meu compromisso é garantir que cada pessoa tenha acesso ao tratamento de que precisa. A saúde não pode ser negociada ou ignorada”, concluiu.
Um Precedente que Fortalece o Direito à Saúde
A decisão que garantiu o acesso à cirurgia robótica para a retirada de um tumor é um marco no Direito da Saúde. Ela reafirma que tratamentos modernos e eficazes não podem ser limitados por questões administrativas, colocando a vida e o bem-estar do paciente como prioridades absolutas. O caso não apenas beneficia o paciente diretamente envolvido, mas também fortalece os direitos de todos que dependem de avanços tecnológicos para enfrentar desafios médicos.