O estiripentol é essencial para tratar epilepsias graves. Saiba como garantir seu acesso e superar negativas do SUS e planos de saúde.
O estiripentol é essencial para tratar epilepsias graves. Saiba como garantir seu acesso e superar negativas do SUS e planos de saúde.

O estiripentol é um medicamento usado no tratamento de epilepsias refratárias, especialmente na síndrome de Dravet, uma forma rara e grave de epilepsia infantil.

Reconhecido por sua eficácia, ele é frequentemente indicado quando outros medicamentos anticonvulsivantes não apresentam resultados satisfatórios.

Neste artigo, vamos abordar sua importância, indicações e como obtê-lo pelo SUS ou planos de saúde.


Para Que Serve

O estiripentol é indicado para o tratamento de epilepsias, com foco na síndrome de Dravet.

Ele atua como adjuvante no controle de crises convulsivas, potencializando os efeitos de outros medicamentos, como clobazam e valproato de sódio.

Sua principal função é reduzir a frequência e a gravidade das crises, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.


É Possível Obter Pelo SUS?

Sim, é possível obter o estiripentol pelo SUS, com a ajuda de um advogado especializado em ações contra o SUS, o sistema público de saúde.

O SUS é obrigado a fornecer medicamentos de alto custo para condições graves, como a síndrome de Dravet. No entanto, o processo pode ser demorado e requer a apresentação de documentos médicos detalhados, como relatórios que comprovem a necessidade do medicamento, prescrição médica e justificativa técnica.

Para agilizar o processo, é essencial contar com orientação jurídica especializada. A judicialização da saúde tem sido um caminho eficiente para garantir o acesso ao estiripentol e outros tratamentos de alto custo.


É Possível Obter Pelo Plano de Saúde?

Sim, os planos de saúde devem cobrir o Estiripentol, pois medicamentos para tratar doenças cobertas pelo contrato, como a hipercolesterolemia, estão incluídos.

No entanto, há resistência inicial, especialmente se o medicamento não constar no rol da ANS. Nesses casos:


Os Planos de Saúde Só Devem Cobrir o Que Está no Rol da ANS?

Não, o rol da ANS não é taxativo, mas exemplificativo.

Isso significa que, se o plano oferece cobertura para a condição do paciente, ele também deve fornecer os medicamentos e tratamentos necessários para essa condição.

De acordo com o Dr. Evilasio Tenorio, advogado especializado em Direito da Saúde e Médico:

“O rol da ANS não é taxativo, e sim exemplificativo. Se um paciente necessita de um medicamento ou tratamento que não está listado no rol, mas que é essencial para a sua condição de saúde e possui fundamentação médica adequada, o plano de saúde tem a obrigação de fornecer esse tratamento. A jurisprudência tem reconhecido a natureza exemplificativa do rol, garantindo que a cobertura vá além do que está listado, sempre que necessário para a saúde do paciente.”


Se Houver Prescrição Off-Label, Posso Conseguir o Remédio?

A prescrição off-label ocorre quando o medicamento é utilizado para uma finalidade diferente daquela aprovada na bula.

Sim, é possível obter o Estiripentol nessas condições, desde que:

  • Não exista outra alternativa terapêutica com a mesma eficácia.
  • Haja comprovação científica da eficácia do medicamento para a condição do paciente.
  • O médico justifique detalhadamente a indicação.

Nesses casos, também é possível recorrer à Justiça para garantir o fornecimento.


A Negativa do Fornecimento do Medicamento Pode Ser Considerada Abusiva?

Sim, a negativa pode ser considerada abusiva.

Tanto o SUS quanto os planos de saúde têm o dever de fornecer medicamentos essenciais à saúde do paciente.

Negar o fornecimento do Estiripentol sem justificativa sólida pode violar o direito do consumidor e o princípio da dignidade humana.

Nessas situações, é fundamental contar com o suporte jurídico de um advogado especializado em Direito da Saúde para recorrer contra a decisão e obter o medicamento.


O Processo Judicial Demora?

Embora os processos judiciais no Brasil possam ser demorados, os casos relacionados à saúde recebem tratamento prioritário.

A lei permite a concessão de liminares (tutelas de urgência) para que o paciente tenha acesso imediato ao tratamento enquanto o processo segue seu curso.

Diversas decisões judiciais garantem esse direito para evitar que o paciente fique desassistido.


Como Fazer em Caso de Negativa?

Se o SUS ou o plano de saúde negar o fornecimento do Estiripentol, siga os passos:

  1. Reúna toda a documentação médica necessária, como laudos, exames e prescrições.
  2. Procure um advogado especializado em Direito da Saúde.
  3. Entre com uma ação judicial para obter uma liminar, garantindo o fornecimento imediato do medicamento.

Com o suporte jurídico adequado, é possível reverter a negativa e garantir o acesso ao tratamento.


Uma Liminar Demora Muito?

Não.

Liminares em casos de saúde são tratadas com urgência e podem ser concedidas em poucos dias.

Isso permite que o paciente inicie o tratamento rapidamente, mesmo que o processo judicial ainda esteja em andamento.


Conclusão

O estiripentol é um medicamento essencial para pacientes com síndrome de Dravet e epilepsias graves. Garantir o acesso a esse tratamento é um direito do paciente, seja pelo SUS ou pelo plano de saúde.

É importante que os pacientes estejam cientes de seus direitos e, em caso de negativa, busquem auxílio jurídico de um advogado especialista em ações contra plano de saúde ou de um advogado especialista em ações contra o SUS, para garantir o acesso ao tratamento.

Com a informação certa e suporte especializado, é possível superar os desafios burocráticos e assegurar o uso desse medicamento vital.

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