Descubra como obter o medicamento Guselcumabe (Tremfya), utilizado para tratar psoríase e artrite psoriásica, pelo SUS ou plano de saúde, mesmo em caso de negativa. Neste artigo, explicamos como pacientes podem conseguir acesso ao Tremfya (Guselcumabe), um remédio biológico de alto custo, por vias judiciais, quando necessário.
Descubra como obter o medicamento Guselcumabe (Tremfya), utilizado para tratar psoríase e artrite psoriásica, pelo SUS ou plano de saúde, mesmo em caso de negativa.

Introdução

Você sabia que é possível conseguir o medicamento Guselcumabe, conhecido comercialmente como Tremfya, pelo SUS ou plano de saúde?

Indicado para o tratamento de doenças autoimunes como psoríase em placas moderada a grave e artrite psoriásica, esse medicamento biológico representa um avanço importante na qualidade de vida dos pacientes.

No entanto, por ser de alto custo e não estar incluído no rol da ANS, muitos pacientes enfrentam dificuldades para acessá-lo.

Neste artigo, você vai entender como obter o Tremfya por meio do SUS ou plano de saúde, o que fazer em caso de negativa, e como a Justiça pode garantir seu direito à saúde.


Para que serve o Guselcumabe (Tremfya)?

O Guselcumabe é um medicamento biológico utilizado no tratamento de psoríase em placas de moderada a grave e também da artrite psoriásica ativa.

Ele age inibindo seletivamente a interleucina-23 (IL-23), uma citocina inflamatória envolvida nas respostas imunológicas anormais observadas em doenças autoimunes.

O Tremfya reduz as lesões na pele, melhora os sintomas articulares e proporciona alívio significativo aos pacientes.

Além disso, por ter um perfil de segurança favorável e eficácia sustentada, o medicamento é frequentemente indicado quando outros tratamentos convencionais não surtiram efeito, ou apresentaram efeitos adversos significativos.


É possível obter o Tremfya (Guselcumabe) pelo SUS?

Sim, é possível obter o Guselcumabe (Tremfya) pelo SUS, com a ajuda de um advogado especialista em ações contra o SUS.

O Sistema Único de Saúde tem obrigação de fornecer medicamentos de alto custo quando eles são essenciais para o tratamento de doenças graves, como a psoríase e a artrite psoriásica. No entanto, o processo pode ser burocrático e demorado, exigindo a apresentação de uma série de documentos.

Entre os documentos necessários, estão: relatório médico detalhado, exames atualizados, laudos que comprovem a falha de outros tratamentos, e a prescrição médica justificando o uso do Tremfya.

Como o medicamento não está incorporado ao SUS até a presente data, o paciente pode precisar entrar com uma ação judicial com pedido de liminar, buscando a autorização imediata para o fornecimento.


É possível obter o Tremfya (Guselcumabe) pelo plano de saúde?

Sim, os planos de saúde também são obrigados a cobrir o custo de medicamentos de alto custo, como o Guselcumabe (Tremfya), conforme estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Contudo, como o Tremfya não está incluído no rol da ANS até o momento, muitas operadoras se recusam a fornecer o tratamento.

Essa negativa, porém, pode ser considerada abusiva, especialmente quando há prescrição médica fundamentada e falta de alternativas terapêuticas igualmente eficazes.

Por isso, é essencial reunir toda a documentação médica necessária — relatórios, exames e laudos — e contar com o suporte de um advogado especialista em plano de saúde para acionar judicialmente o plano de saúde, se necessário.


Os planos de saúde só devem cobrir o que está no rol da ANS?

Essa é uma dúvida muito comum entre os pacientes, e a resposta é não.

O rol de procedimentos da ANS é exemplificativo, e não taxativo.

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Isso significa que os planos de saúde devem fornecer tratamentos fora do rol, quando há justificativa médica e necessidade comprovada.

Segundo o Dr. Evilasio Tenorio, advogado especializado em Direito da Saúde e Médico:

“O rol da ANS não é taxativo, e sim exemplificativo. Se um paciente necessita de um medicamento ou tratamento que não está listado no rol, mas que é essencial para a sua condição de saúde e possui fundamentação médica adequada, o plano de saúde tem a obrigação de fornecer esse tratamento. A jurisprudência tem reconhecido a natureza exemplificativa do rol, garantindo que a cobertura vá além do que está listado, sempre que necessário para a saúde do paciente.”

Portanto, se o seu médico prescreveu o Tremfya como única ou melhor opção terapêutica, você tem direito à cobertura, mesmo que o medicamento não esteja no rol da ANS.


Se houver prescrição off-label, posso conseguir o remédio?

Sim, é possível.

A prescrição off-label ocorre quando um médico indica o uso de um medicamento para uma finalidade diferente da aprovada pela Anvisa.

Esse tipo de prescrição é legal, desde que haja comprovação científica da eficácia, ausência de alternativas terapêuticas viáveis e justificativa médica detalhada.

No caso do Tremfya, se houver recomendação médica para uso fora da bula, ainda assim o paciente pode buscar judicialmente o fornecimento, desde que os critérios acima sejam respeitados.


A negativa do fornecimento do medicamento pode ser considerada abusiva?

Sim, a negativa pode ser considerada abusiva, especialmente quando o medicamento é essencial ao tratamento do paciente e existe prescrição médica fundamentada.

Tanto o Código de Defesa do Consumidor quanto a jurisprudência dos tribunais brasileiros reconhecem a abusividade da recusa imotivada de cobertura de tratamento necessário à saúde.

Diversas decisões judiciais têm determinado que planos de saúde e o SUS forneçam medicamentos de alto custo como o Tremfya, garantindo o direito constitucional à saúde.


O processo judicial demora?

Toda ação judicial no Brasil leva algum tempo até sua conclusão. No entanto, nos casos que envolvem direito à saúde, é possível entrar com um pedido de liminar (tutela de urgência).

Essa liminar pode obrigar o SUS ou plano de saúde a fornecer o medicamento antes mesmo da sentença final.

Essa medida é comum em ações desse tipo, pois o paciente não pode ficar sem tratamento enquanto aguarda uma decisão definitiva.

Portanto, mesmo que o processo judicial tenha sua própria tramitação, a liminar pode garantir acesso rápido ao Tremfya.


Como fazer em caso de negativa?

Caso o SUS ou o plano de saúde negue o fornecimento do Tremfya, o ideal é buscar imediatamente um advogado especializado em Direito da Saúde.

Ele poderá analisar a documentação médica e ingressar com uma ação judicial com pedido de liminar.

Além disso, é essencial reunir:

  • Prescrição médica fundamentada;
  • Relatório médico com histórico do paciente e falhas terapêuticas anteriores;
  • Exames atualizados;
  • Comprovação da negativa por escrito (se possível).

Uma liminar demora muito?

As liminares em ações de saúde são tratadas com urgência pelo Judiciário.

Em muitos casos, o juiz pode concedê-la em 48 a 72 horas, dependendo da complexidade do caso e da documentação apresentada.

Esse tipo de decisão visa proteger o direito fundamental à vida e à saúde, impedindo que o paciente sofra prejuízos irreparáveis enquanto aguarda a decisão final do processo.


Conclusão

O acesso ao Tremfya (Guselcumabe), embora desafiador, é um direito garantido quando há indicação médica clara e necessidade terapêutica comprovada.

Tanto o SUS quanto os planos de saúde podem ser obrigados judicialmente a fornecer o medicamento, mesmo que ele não esteja no rol da ANS.

Estar bem informado e contar com o apoio de um advogado especializado faz toda a diferença para garantir seu tratamento.

A saúde é um direito de todos — e você pode lutar por ele.

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